Crônica da Ilha. A Passarela.

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No final do último milênio, além do “Bug do Milênio”, havia outras preocupações na ilha dos sonhos. Entre elas, que o Festival Folclórico de Parintins, tornava-se uma potência cultural consolidada no Brasil.

Procurando uma interação maior com a Ilha dos Bumbas, a LIERJ (Liga Independente das Escola de Samba do Rio de Janeiro), através dos seu Presidente resolve convidar os Presidentes dos Bumbas pra conhecerem as quadras das Escolas de samba, a organização, a movimentação financeira e a estrutura do Carnaval.

Convite aceito, uma semana antes do Carnaval, lá foram eles (Os Presidentes)  para dar um caráter sério, resolveram levar suas esposas (segundo a lenda) e lá rumam os caboclos rumo a Cidade  Maravilhosa.

Com o hotel reservado no centro eles resolvem se alojar e esperar os anfitriões darem as coordenadas. Lá pelas 17 horas , recebem um telefonema dizendo que não haveria nenhuma programação no dia de hoje, ficando as visitas aos barracões, quadras etc, previstas para o dia seguinte logo cedo.

Na hora do jantar no hotel, um dos presidentes sugere:

-Pô, nós em pleno Rio de janeiro, ficarmos no Hotel a noite?? Bem que poderíamos dar um volta??.

Proposta feita, proposta aceita.

-E agora vamos pra aonde?

Um casal de parintinense que morava há tempos na Cidade Maravilhosa e que tinha ido visitar os presidentes, ouvindo a proposta, disse:

-Tem uma boite aqui perto.

        Após o acordo firmado dos quatro, resolveram sair em busca da boite.

Pontualmente ás 21 horas e devidamente paramentados (e mais cheirosos que guizado de cupido) os quatro entram na boite, porem a Boite tinha uma singularidade, é que havia uma passarela na entrada que fazia com que só passassem de uma pessoa  de cada vez, ou no máximo dois juntos.

O primeiro casal de Presidente Bovino atravessa a passarela e ouve uma claque chamar.

-Bicha! Bicha! Bicha! Bicha!

Sem entender o que estava acontecendo o casal, vai e senta-se numa mesa.

O Segundo casal Presidente  por ser o mais idoso, e o mesmo usar  um rabo de cavalo amarrado (ou cocó como dizem em Parintins), também vai na passarela.

E também ouve chamarem.

-Bicha Velha! Bicha Velha !,Bicha Velha !,Bicha Velha!

Depois de sentarem na mesa e chamarem o garçom descobriram que estavam em uma boite gay e essa  era a forma de recepcionaram o visitante.

Assim me contaram.

FERNANDO SILVA é graduado em Letras Língua Portuguesa (UEA), Letras Língua Inglesa(UFAM) e Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa (UEA), e Membro do IGHP.

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