Papa Francisco morreu de AVC e insuficiência cardíaca, diz Vaticano

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Pontífice tinha 88 anos e faleceu em casa, na Cidade do Vaticano. Francisco foi o primeiro papa latino-americano e deixa legado de tolerância e diálogo.

Por Redação g1

21/04/2025 15h02  Atualizado há 11 minutos

Um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível, foram as causas da morte do papa Francisco, informou nesta segunda-feira (21) o Vaticano.

Segundo a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).

O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.

O atestado foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano.

Francisco ficou internado por mais de um mês, entre fevereiro e março, para tratar uma pneumonia bilateral. Apesar de ter recebido alta, o papa continuava em tratamento em casa e apresentava um quadro de saúde que exigia cuidados. Relembre a internação mais abaixo.

Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos dentro de seu apartamento, a residência de Santa Marta. O imóvel fica na Cidade do Vaticano e era onde o pontífice vivia desde 2013, quando foi eleito.

“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, disse o Vaticano em comunicado.

“Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz comunicado oficial.

O sino da Basílica de São Pedro, no Vaticano, tocou para anunciar a morte do papaTuristas e peregrinos que expressavam choque e tristeza com a notícia, segundo a agência de notícias Reuters.

As cerimônias fúnebres de Francisco seguirão uma série de ritos e começaram já nesta segunda-feira, segundo o Vaticano. Os horários a seguir estão no horário de Brasília:

  • 14h: missa de sufrágio pelo papa Francisco. Cerimônia ocorreu na Basílica de São João de Latrão, em Roma, e foi realizada pelo cardeal Baldo Reina.
  • 15h: ritos de constatação da morte e deposição do corpo de Francisco no caixão. A cerimônia ocorreu na capela privada do papa e foi presidida pelo camerlengo Farrell.
  • Na manhã de quarta-feira (23)o corpo do papa será levado para a Basílica de São Pedro, em Roma, para que fiéis possam prestar a última homenagem ao papa.

Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A última vez que isso aconteceu foi em 1903, com o enterro do papa Leão XIII.

Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões, quadro que o manteve internado por 38 dias. Há um mês, ele teve alta e estava sob cuidados médicos.

A primeira hospitalização foi no início de fevereiro. Nos dias seguintes, o papa começou a ter dificuldades para discursar durante audiências religiosas. Ele admitiu publicamente que estava com dificuldades respiratórias e chegou a pedir para um auxiliar fazer a leitura do sermão.

No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado no hospital Agostino Gemelli para fazer exames e tratar a bronquite. Mesmo hospitalizado, ele continuou participando de algumas atividades religiosas. Dois dias depois, ele pediu desculpas por faltar à oração semanal com fiéis na Praça de São Pedro.

Já no dia 17 de fevereiro, o Vaticano informou que Francisco estava com uma infecção polimicrobiana — causada por um ou mais microrganismos, como bactérias, vírus ou fungos. O quadro de saúde do papa foi descrito como “complexo”.

No dia seguinte, em um novo boletim, o Vaticano anunciou que o pontífice estava com uma pneumonia bilateral. A infecção era mais grave do que uma pneumonia comum. Ele teve alta no dia 23 de março e fez uma breve aparição pública.

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